![]() Eloá Marcassi Borges Terapeuta Ocupacional CREFITO 9 14847-TO Aperfeiçoamento em Terapia Ocupacional pela FAMERP Residência Multiprofissional em Reabilitação Física pela FAMERP Servidora efetiva da Prefeitura Municipal de Rondonópolis - MT |
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.
A equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico, pois exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
Os programas básicos da equoterapia foram descritos pela Ande-Brasil e são a hipnoterapia, a educação/reeducação, o pré-esportivo e a prática esportiva paraequestre.
A prática da equoterapia objetiva benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais de pessoas com deficiências físicas ou mentais e está indicada para os seguintes quadros clínicos: doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico metabólicas; sequelas de traumas e cirurgias; doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais; distúrbios de aprendizagem e linguagem; O termo utilizado para designar a pessoa com deficiência ou com necessidades especiais quando em atividade equoterápica é praticante, pois, nesta situação, o sujeito participa do seu processo de reabilitação, na medida em que interage com o cavalo.
Nesse contexto, o terapeuta ocupacional compõe a equipe multiprofissional da equoterapia e seu papel é considerar os diversos fatores e organizar atividades específicas, buscando facilitar ao praticante o melhor desempenho de suas funções, uma vez que a seleção, a graduação e adaptação das atividades são aspectos essenciais na prática da terapia ocupacional, entretanto, para essa intervenção, é fundamental que o terapeuta realize a análise de atividades e compreenda os componentes de desempenho necessários para realizá-las.
Além disso, o contexto equoterápico é um ambiente rico em estímulos diversos e o praticante recebe estímulos: táteis, vestibulares, proprioceptivos, visuais, auditivos e é necessário receber, organizar estas informações e dar respostas adaptativas consistentes de acordo com o ambiente. Os princípios da integração sensorial são facilmente incorporados na sessão de equoterapia. O terapeuta ocupacional se utilizando dessa técnica pode oferecer estimulação sensorial adequada, favorecer a habilidade do praticante para dirigir a atenção para estímulos relevantes e permanecer organizado por períodos de tempos mais longos.
O terapeuta ocupacional também pode se utilizar das atividades cotidianas do cavalo como escovar, rasquear, dar banho e alimentar para estimular habilidades motoras e estimular o praticante a realizar suas atividades de vida diária, além de favorecer o fortalecimento do vínculo praticante – cavalo.
Sendo assim, o terapeuta ocupacional como membro de uma equipe, pode utilizar o cavalo como agente sensorial e organizar para que essas informações sejam adequadas às necessidades do praticante e todas as atividades a serem realizadas devem ser analisadas, graduadas e adaptadas para garantir a efetividade das propostas de intervenções terapêuticas ocupacionais.